Continuação do projeto iniciado em 2016 com o álbum Lady Wood em 2016, Blue Lips continua com as mesmas qualidades que o seu antecessor ao ser um trabalho "leve, despretensioso, carismático, rápido e rasteiro, assim como deveria ser a maior parte do pop feito hoje em dia." Dessa vez, o álbum tem uma atmosfera mais melancólica, sombria, sexual e suja. A sonoridade de Tove ganha uma maturidade refinada. Entretanto, a cantora ainda parece disposta a não se aprofundar na sua própria sonoridade. Não é demérito da Tove Lo fazer a sua sonoridade eletropop com as características já citadas, ainda mais que o resultado é acima da média. O problema é o que falta para a cantora é aquele "punch" que todo o pop marcante precisa ter, algo que em Blue Lips não é dono.

Crítica-A sueca Tove Lo e o seu álbum Blue Lips


A sueca Tove Lo é uma das artistas pop que sabe fazer músicas que são igualmente inteligentes e despretensiosas, fatores essenciais para fazer o gênero. Entretanto, a cantora ainda não entregou a sua magna carta, sempre à beira da glória como mostra o seu terceiro álbum Blue Lips, lançado no final do ano passado.




Continuação do projeto iniciado em 2016 com o álbum Lady Wood em 2016, Blue Lips continua com as mesmas qualidades que o seu antecessor ao ser um trabalho "leve, despretensioso, carismático, rápido e rasteiro, assim como deveria ser a maior parte do pop feito hoje em dia." Dessa vez, o álbum tem uma atmosfera mais melancólica, sombria, sexual e suja. A sonoridade de Tove ganha uma maturidade refinada. Entretanto, a cantora ainda parece disposta a não se aprofundar na sua própria sonoridade. Não é demérito da Tove Lo fazer a sua sonoridade eletropop com as características já citadas, ainda mais que o resultado é acima da média. O problema é  o que falta para a cantora  é aquele "punch" que todo o pop marcante precisa ter, algo que em Blue Lips não é dono. Na verdade, o álbum inteiro é muito coeso e redondinho sem ter nenhum grande momento, mas longe de algum momento ruim. A faixa que mais se aproxima de ser algo sensacional é a dançante e sexy Bitches. Seria genial ver Tove entregar todo o seu potencial sonoro, pois como compositora a situação é bem mais promissora, sempre sabe dosar o seu lado descolado/hipster com a estética pop tradicional. Com letras emocionalmente engajadas e refrões pegajosos, a cantora entrega momentos "biscoito fino" como na divertida shedontknowbutsheknows, na agridoce 9th of October e em Hey, You Got Drugs que é dona do melhor verso do álbum: "Pain from the past like a small piece of glass in my heart". Outros bons momentos do álbum ficam por conta da boa Romantics, a balada mid-tempo Cycles e a interessante Struggle. Se continuar nesse caminho, Tove Lo deve encontrar o seu nirvana em algum momento. Só espero que seja o quanto antes.
Axact

SIDNEY STONE

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